
Konni Minna! Hoje depois de muito tempo, estamos com o nosso 5º anime da lista de férias. Clannad.

Sinopse:
Clannad tem como cenário um colégio japonês e conta a história de um "delinquente"
chamado Tomoya e uma linda menina chamada Nagisa, eles estudam na mesma escola e
começam a se aproximar cada vez mais. O anime trata de temas como os laços entre
as pessoas e usa a amizade desse rapaz com as garotas do seu colégio como
trunfo.

E agora um pouco da resenha da Garota Reinventada

"Há uma clara diferença entre a primeira temporada e a segunda, After Story.
A primeira começa quando o protagonista, Tomoya Okasaki - um garoto,
digamos assim, meio baderneiro e que não tem uma relação muito boa com o
pai alcóolatra -, se dirige mal humorado para o primeiro dia de aula e
no caminho conhece a meiga Nagisa Furukawa. Ao saber que, por ter uma
saúde fraca e ter repetido o último ano ela não está conseguindo se
enturmar, Tomoya quebra as próprias regras e não só se aproxima da
garota, como a ajuda a realizar seu maior desejo na escola: Reabrir o
clube de teatro. Com um clima leve e tipicamente colegial nessa primeira
temporada, porém com belas doses de drama, conhecemos um pouco as vidas
dos amigos de Tomoya e Nagisa, as histórias por trás dos comportamentos
de cada um deles. Também é nessa temporada que somos apresentados aos
pais de Nagisa, Sanae e Akio (sem dúvida a família mais bonita, unida e
divertida que já vi em um anime). Os outros personagens também são
carismáticos e com personalidades bem distintas (a menina Fuko é
simplesmente apaixonante), mas desde o início fica claro a quem essa
história pertence. Nagisa e Tomoya são oficializados como casal nessa
primeira temporada, e a segunda fase é totalmente deles."

"E é nessa segunda fase, After Story, que o tom do anime muda. Apesar da comédia aparecer ainda em alguns momentos, a trama ganha mais seriedade ao mostrar os graves problemas de saúde de Nagisa e também ir um pouco mais a fundo no conflito de Tomoya com o pai. Também é nessa parte que os personagens se formam na escola, e surpreende ao mostrar o amadurecimento de Tomoya, mas não como um gênio estudioso, como acontece na maioria dos animes. Pelo contrário, ele não entra em nenhuma faculdade, começa a trabalhar duro como eletricista e passa a morar sozinho em um pequeno apartamento, com total apoio de Nagisa e não é censurado pela opção de não estudar mais. Também é nessa fase que os dois se casam - e foi particularmente aqui que meus olhinhos feministas brilharam. Akio, um pai assumidamente ciumento, trata o futuro genro com todo o respeito e, quando este pede a mão de sua filha, ele responde que essa é uma decisão apenas dela. Já casada com Tomoya, Nagisa diz que precisa arranjar um emprego e, quando ele a questiona, ela diz que não pode ficar sem fazer nada, mas que também não pretende descuidar dos afazeres domésticos. E é aí que a magia acontece: Tomoya diz a ela, com naturalidade, que também vai fazer as tarefas da casa, e que apenas ficou preocupado com a saúde dela. Percebem? O nível de maturidade do casal é admirável para pessoas tão jovens (e diferente de quase tudo que se vê em histórias assim). E o toque feminista do anime não para por aí: Quando a frágil Nagisa fica grávida, seus pais e Tomoya a questionam se ela quer mesmo se arriscar para ter o bebê, sem tratar o aborto como um tabu e nem tentar influenciá-la de alguma maneira. Ela não tem dúvida de que quer ter a criança, e suas decisões são acatadas sempre, tanto pelos pais quanto pelo marido. De manter a gravidez à forma de fazer o parto, a escolha sempre é da Nagisa, e ver um direito tão legítimo da mulher ser respeitado nesse anime foi algo que realmente me comoveu. É assim que as coisas devem ser."

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